tag:blogger.com,1999:blog-244190052024-03-14T04:40:19.726-03:00mundo de cetimLannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.comBlogger364125tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-36674769877607179852014-01-29T12:58:00.001-03:002014-01-29T12:58:22.986-03:00hoje<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jzXuiJee28I/UukkiIfm9iI/AAAAAAAAA4k/3yisb7QMCEA/s1600/Screen+shot+2014-01-29+at+1.38.27+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jzXuiJee28I/UukkiIfm9iI/AAAAAAAAA4k/3yisb7QMCEA/s1600/Screen+shot+2014-01-29+at+1.38.27+PM.png" height="90" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">http://diarioaleatorio.co/</span></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Mariana me chamou e disse: - me diz coisas bonitas da vida? Respondi que preferia que ela o fizesse. Tô mais precisando ouvir que falar. Assumi o silêncio pela primeira vez na vida. Cheguei a conclusão que não quero mais dar satisfação pra ninguém, mesmo que as perguntas sejam por amor, cuidado, preocupação. Será a primeira vez que ninguém vai saber o que penso, sinto, atrapalho, temo, odeio, deslumbro e anseio. Meus dilemas sempre tiveram meio que uma platéia de grandes amigos. Todos eles meio atentos, meio dispersos. Pra todos escolhia uma versão que coubesse no tempo que estavam disponíveis, de acordo com o lugar onde estávamos, se estavam longe de mim, se estavam perto. Em cada versão eu já não sabia mais do que estava falando. Acabava embaralhando as opiniões alheias com as minhas vontades e fazendo um grande mix tipo suco verde de sentimentos. Ficava um gosto horrível e mesmo assim eu achava que aquilo fazia bem. Confiava nisso. Ou, que em algum momento adiantaria pra alguma coisa. Não adianta. Ninguém pode resolver os problemas de ninguém. </span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Hoje fui correr às 7:30 da manhã, a rua parecia tão quietinha e vinha um solzinho que ainda não machucava. Pela primeira vez eu senti vontade de não gritar. </div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-7533717953612908492014-01-28T13:28:00.000-03:002014-01-28T13:28:50.411-03:00vamos dar um tempo<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Só por aquele dia eu casaria contigo. Esqueceria que com mais de cinco minutos juntos nós brigaríamos, que o jeito como tu levanta a sobrancelha me irrita, que não concordamos em quase nada que envolva trabalho, que tendemos a rejeitar os amigos que rodeiam o outro. Por aquele dia eu esqueceria das vezes em que construí as palavras que tu deveria dizer e tu não disse. Por aquele dia eu esqueceria todas as vezes em que saí furiosa pela rua. Esqueceria o dia em que tu me deu um pé. Esqueceria as cenas em que tu foi embora e eu pensei que nunca voltaria. Por aquele dia eu esqueceria que tu reaparecia na minha vida e eu me deixava levar. Por aquele dia eu suportaria o teu jeito cheio de marra, o teu ego lá no céu, o modo como tu acha que as pessoas não são boas o bastante. Boas pra mim. Boas pra ti. Como se nós fossemos grande coisa no meio disso tudo. E também suportaria que tu sempre escolhe as pessoas erradas pra admirar. Por aquele dia eu suportaria saber que tu teve passado e que tu tem futuro e que nada disso depende de mim. Por aquele dia eu não me importaria que tu pensasse que é meu dono e falasse comigo como se debochasse do amor que eu sinto só porque tem esse poder. "Tu não admite, mas tu me ama mais que qualquer coisa". Só por aquele dia eu deixaria de te dizer que tu não é, que eu sou do mundo, que qualquer um pode concorrer contigo e que muitos tentam. Não podem. Por aquele dia eles não podem. Por aquele dia eu confiaria a minha terapeuta a minha vontade de te trancafiar, a minha vontade de te abandonar, a minha vontade de te esquecer, a minha vontade de voltar. Por aquele dia eu aprenderia a expressar os meus sentimentos, a não temer, a me desligar. Por aquele dia eu te confessaria que fui até lá matar os fantasmas que me atormentavam durante todo o nosso relacionamento e que quando vi eles não existiam mais porque fantasma só existe pra quem sente medo. Por aquele dia eu levantaria a bandeira branca, te juraria mundos e fundos, te ofereceria uma vida, segurança, foda e filhos. </span><br />
<div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; color: #222222;">Acontece que o tempo passa. Vai chegar o dia em que já não vamos saber quem que abandonou o barco, quem se perdeu no caminho, quem conheceu outras pessoas, quem trocou a janela de um pra responder a janela de um outro. Vamos virar pessoas de amigos em comum que sabem de notícias esparsas e fingem se importar. A sensação de peito quente que nós sentimos naquele dia vai virar só uma lembrança de um dia bom. E um dia vamos combinar de tomar um café só pra provar que estamos bem, que namoramos pessoas incríveis, que o trabalho é incrível, que estamos ficando ricos, que vamos casar com um fulaninho qualquer chamado Pablo. E o Pablo vai chegar em um sedan de aposentado comprado em 60 parcelas e tu vai dizer que a conta fica contigo. Eu vou ir embora. Tu vai seguir com a tua vida brilhante e cheia de sucesso. </span></span><br />
<div style="background-color: white; color: #222222;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Porque é isso que o tempo faz quando a gente para de se importar. O tempo passa e leva a vida da gente sem a gente ver. E a gente acha que essa vida automática é boa até o dia de olhar realmente para o Pablo. E aí a gente olha pra ele e vê que de nenhum jeito, em nenhum lugar, nem por nenhum esforço, ele faria eu sentir as coisas que senti naquele dia. </span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-40510142383005353162014-01-03T16:11:00.000-03:002014-01-03T16:31:42.825-03:00balanço geral <span style="font-family: inherit;">Um ano novo na praia com chuva. Pedi pra Iemanjá me dar uma luz. Iemanjá do Cassino cheia de cachaça me deu uma força. Porto Alegre aquele calorão. Fiquei confusa. Chorei por amor um Guaíba inteiro. Apareci em revistas. Carnaval no Rio. Se a canoa não virar, olêolêolá, eu chego lá! Eita, quero viver assim! Quase me afoguei bêbada no Leme e vi o Cristo do fundo do mar. Porto Alegre aquele calorão. Carnaval na Cidade Baixa. Chorei um pouquito más. O teu cabelo não nega mulata. Comecei a namorar e manter a casa arrumada. Fui promovida. Tô rica! Gastei tudo. Aprendi a fazer pratos novos com Alecrim. Alecrim para presidente! Fiz 23 cercada de gente fina no junho em que o gigante acordou. Senti vergonha alheia. Fiz uma tatuagem da Dilma no braço (mentira). Ganhei um toca discos. Fui promovida de novo. Tô rica! Salário em discos, comida e um curso de escrita. Gastei tudo. Tirei um siso, tive crise de gastrite, emagreci, engordei, emagreci. Conheci algumas pessoas incríveis fundadoras do Clube da Barganha dos Corações Intranquilos. Terminei meu namoro. Voltei. Terminei. Voltei. Aulas de dança. Salsa, sambinha, coisa e tal. Show do Amarante. Fui pro Rio. Show do Amarante de novo debaixo do sol. Piscina de mar na Barrinha da Lagoa em Florianópolis. Dei piti no avião de medo. Terminamos. Show do Devendra. "Minha filha não aguento mais vou embora de casa". Minha mãe comigo em Porto Alegre. Fiz uma tatuagem de mantra bicho grilo no braço (verdade). Vó morre aos 98. Todos juntos em Pelotas. Vejo a exumação do vô e percebo que meias duram mais que humanos. Tudo parece resolvido por lá. Começo a fazer terapia. Volto a namorar. Vamos morar em São Paulo. Opa talvez não. Taidje me ensina a segurar a cordinha da Good Vibe. Tento aprender. Natal, família, todos juntos, ainda estranho. Mãe desiste de tentar. Um punhado de discussões. Vinho branco gelado. Capotei. Feliz ano novo. </span><br />
<div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Tava lendo a coluna do Gregorio Duvivier e quis escrever um resumo de 2013 também. Todas as coisas lindas que continuem lindas. De resto, Iemanjá do Cassino cheia de cachaça vê se me dá essa força. </span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ucWVzBnCWDQ" width="420"></iframe></span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-26278937344607347272013-12-20T16:43:00.002-03:002013-12-20T16:43:26.241-03:00quanto a gente não tá contente <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Quando a gente tá triste as fotos de todas as pessoas são sorrindo, cantando, vibrando, amando. A gente vê a felicidade do outro e vai se afundando num limbo em que acha que não vai ter nada disso em um futuro próximo. Principalmente tranquilidade. Acho que só queria que alguém viesse na minha direção e dissesse que vai resolver todos os meus dilemas existenciais. Ou, que vai me dar um dramin tão grande que vai me fazer dormir e acordar em 2020. Eu vou ter 30 anos e não vou ligar pra nada disso. Realmente espero que quando tenha 30 anos não ligue pra nada do que me atormeta hoje. Espero que quando eu tenha 30 anos minha terapeuta me libere. E espero que em todos os finais de ano eu me mude pra Aruba. Espero que em 2020 eu esteja lembrando desse post, rindo, bebendo em um copo com guarda-chuvinha. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-24048592285286082072013-12-13T13:21:00.003-03:002013-12-13T13:22:10.716-03:00socialmente inativa <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Minha única resolução para 2014 é nunca mais me obrigar a ir em eventos socialmente chatos. Aniversários, festinhas de conhecidos, comemorações de alguma coisa que não me interessa. De 90 até aqui eu sorria a cada convite e inventava logo uma desculpa, mas me envergonhava e acabava indo. Chegava lá, ficava ouvindo aquele monte de papo passado sobre viagens e grandes conquistas e pessoas que querem largar tudo pra viver uma vida sem rotina. E eu ali pensando porque raios valeria a pena estar perdendo Tapas e Beijos. No ano que se inicia não vou exitar em responder pergunta </span><i style="color: #222222; font-family: arial;">ué guria mas por que que tu não vai guria?</i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;"> - PORQUE EU PREFIRO FICAR EM CASA VENDO TV, <i>GURIA.</i> </span><br />
<div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-11121141259620012912013-12-11T09:22:00.001-03:002013-12-11T09:22:57.645-03:00<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Precisei entrar em um curso de dança pra me dar conta de que não sabia dançar. Precisei entrar em um curso de escrita pra me dar conta de que não sabia me expressar. Por isso nos próximos capítulos eu estarei dançando e escrevendo sobre tudo que acontece. Então, em algum momento da prática vou conseguir bailar e dizer realmente o que sinto. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-4852059460043412762013-12-08T22:37:00.002-03:002013-12-08T22:40:16.517-03:00pra você eu digo: não sei<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Aprendi com as mocinhas de filmes que as grandes decisões
deveriam ser feitas gritadas na rua com muita certeza e brilho nos olhos.
Cresci crendo que o homem que eu amasse se aproximaria, me faria uma pergunta,
eu o abraçaria e nós comemoraríamos o meu sim. Talvez eu tenha me dado conta
com 23 anos que não sou uma mocinha. Além disso, pode ser que eu tenha
descoberto que basicamente não tenho certeza de nada. O que é levemente
desesperador. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Nos meus sonhos eu seria aquela mulher pronta pra ir para
onde fosse, firme, faca na bota, sem medo de nada, que tem o anseio de viajar o
planeta inteiro,que é cidadã do mundo. Eu tenho pânico de avião, de mudanças, de
distância, de saudade e principalmente de ficar sozinha. Eu seria a última
pessoa no mundo que ficaria realmente feliz em, por exemplo, ir sozinha fazer
um intercâmbio ou algo do tipo. E eu realmente me envergonho e falo pouco sobre
isso. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Saber que a minha vida vai mudar em poucos dias me fez virar
um zumbi que mal fala e chora com pouco. Chorei comendo sushi. Chorei ouvindo
Alcione. Chorei na praia. Chorei no quarto. Por todo e qualquer motivo. E não é
algo como depressão ou coisa séria. Tenho total consciência da alegria de todas
as coisas. É por medo de avião, de mudança, de distância, de saudade e de ficar
sozinha e de saber que isso tudo se aproxima.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Porque as pessoas não tem medo do mundo. E as pessoas vão
embora porque enxergam nos outros lugares oportunidades pra crescer e tal e
coisa e tudo mais. Eu me pergunto até que ponto vale a pena. Mas, elas acham
que vale. E eu de cabeça baixa sigo me envergonhando de não ter essa coragem. Me
culpo, tento pensar diferente, mas me imagino tendo que pintar as paredes do
meu apartamento de branco e sair do Bom Fim e entregar ele pra alguém que não
vai valorizar a paisagem da janela. Eu sabia que pelo andar da carruagem ele
seria pequeno pra gente e sabia que chegaria a hora que a gente teria que ir
pra outro lugar, já tinha pensado nisso e tinha certeza que a parede dos
quadros seria cinza. Eu só não imaginei que a opção de dividir a vida contigo
seria em uma das cidades mais populosas do mundo. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Se eu fosse a mocinha esperada teria te respondido que SIM
na primeira vez que tu perguntou. E não foram poucas as vezes que tu perguntou
e pergunta. Mas, eu fico em silêncio pra ver se o tempo volta e tu desiste
dessa ideia pra gente seguir com a nossa vidinha pacata. Trabalho, gastar todo
o nosso salário no El Tonel, deitar de barriga pra cima de tanto comer carne e
prometer que vamos parar de comer tanto. E assim repetidamente. No meu silêncio
eu tento me deslocar pra um lugar onde eu não preciso me sentir completamente
descontrolada por não ter certezas. Onde a minha vida segue igual sem nenhuma
mudancinha. Sem nenhum livro encaixotado. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Alguns amigos me disseram que se eu realmente quisesse não
sentiria medo de nada. Eu particularmente não acho que a vida se resume tão
facilmente. Nesse tempo eu aprendi a ser cuidada por ti e aprendi muito mais
sobre ceder, sobre parceria e sobre amizade. Vi que eu poderia ser a mulher que
respira fundo e não se importa que tu chegue bagunçando a casa mesmo que eu
tenha acabado de arrumar porque dane-se uma casa arrumada. Vi que eu gostava
daquela mulher que eu me tornava. Vi que a vida é real porque tu é real e que a
vida que eu sempre projetei de felicidade plena não existe. Vi que eu posso ser
uma chata inconstante que se chateia por nada e que se tiver dapavirada não se
alegra por nada que tu oferecer. E tu te esforça muita. E tu foi incansável.
In-can-sá-vel. Mesmo com todas as minhas cicatrizes. Mesmo com todos os meus
problemas não solucionados. Mesmo com tudo tu foi meu amigo e segurou todas as
barras que eu dividi contigo. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Talvez pareça falta de amizade eu não conseguir nem
responder. Mas, não é. É por saudade já antecipada da tranquilidade de tudo. É medo
de não ter certeza de nada. </span></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-6293782666285931372013-11-28T16:37:00.001-03:002013-11-28T16:39:02.563-03:00<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Era verdade que as pessoas somem, que entram e saem da nossa vida como um vidro que entra no pé, um corte que fecha e nunca mais se fala nem no vidro nem na dor. Era verdade que as pessoas mentem, que elas têm defeitos, têm falhas, cicatrizes. Era verdade que as pessoas brigam, se deixam, não importa o tempo, nem a história, nem ninguém. Era verdade quando disseram que as pessoas vão morar longe, que mudam de vida, que começam do zero, não importa quem fique. Era verdade que as pessoas morrem, que viram um pózinho, que as vezes as roupas duram mais que os próprios corpos, não importa quem sofra. Era verdade quando disseram que eu deveria me preparar pra esses dias. Mas, talvez amanhã caminhando na rua alguma coisa aconteça e então vou sorrir e vou esquecer que isso tudo era verdade. E quando acontecer vou me surpreender de novo porque é isso que a gente faz. A gente costura o coração em cada noite de sono e todo dia pela manhã ele acorda pronto pra rasgar de novo e de novo e de novo. A gente não dorme. A gente fica se preparando pro dia seguinte. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;"><br /></span><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/9heGoQQj1uE" width="560"></iframe>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-10499515561500002042013-11-25T09:47:00.001-03:002013-11-25T09:51:09.707-03:0040 anos em 2<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;">Viver é tão maluco, mas tão maluco, que quando acontece qualquer coisa que boba que pode chatear algo imensamente grande acontece pra testar as forças. Todo o meu corpo dói de tudo. De pensar, de ver saídas, de procurar uma solução pro meu passado viver presente no meu futuro. Parece que a qualquer momento vou derreter tipo filme americano de ficção científica. De dentro de mim vai sair uma outra eu, de pele bem novinha, com a alma lavada, sem nenhuma cicatriz desses últimos tempos. </span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
A sensação que tenho é a mesma de ressaca que não deixa lembrar, só que ao contrário. Ao invés de tentar ver o que fiz eu tento pensar em como vai ser o futuro e tudo parece embassado. Hei de ter esperança no porvir pelo histórico de ver saída através de amor. Minha mãe ensinou isso pra gente. Ou foi meu pai. Já não tem como separar.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Um dia quando acordei fiquei um tempo conversando sobre meu medo do tempo passar depressa demais e meus filhos não poderem viver tudo de legal que vivi. Poucas pessoas no mundo entenderiam o pânico que se instaurou em mim. O dono da dor sabe o quanto dói, né Zeca? Só quem amou pode entender, a realidade é dura, mas é aí que se cura, né Zeca? </div>
<div>
<br /></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;">Vai dar tudo certo. Pela primeira vez na vida não vou chorar uma lágrima. Vou resolver. E, depois que tudo estiver bem vou olhar pra todos nós com a sensação de que, sim, o amor pode curar qualquer coisa. Viver é uma maluquice. </span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;">Daqui a pouco vamos estar fazendo um churrasco e discutindo a vida do Genuíno. Vai ter mate demanhã, vai ter abraço largo e coração tranquilo. Eu prometo. </span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="//www.youtube.com/embed/VZryrduF4UA" width="480"></iframe>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-70691363523710143602013-10-01T17:23:00.002-03:002013-10-01T17:23:33.277-03:00sobre o grêmio<div style="color: #222222; font-family: arial;">
- Tu acha que é muito adulta, muito dona de si, mas não é, Lanna. Tu não é adulta. Tu acha que tá preparada pra morar junto, pra ter filho, mas não tá, Lanna. Na primeira briga tu ia bater a porta e ir embora? Ia me por pra fora? Tu tem problemas como todas as outras pessoas do mundo, mas fica chorando três dias dentro de casa achando que essa é a melhor forma de resolver as coisas. Não é. Todo mundo tem problemas, todo mundo sente dor. E ninguém esconde a cabeça no travesseiro pra curar essas coisas, nem no meu peito, nem foge e se esconde. E eu não quero que tu te esconda, eu não quero te ver chorando, eu quero te ver sorrindo. Fugir é covarde, Lanna. E não me vem com essa de que é porque tu sente mais que as outras pessoas. Essa coisa de "mais amor", "mais amor isso", "mais amor aquilo", é bonito, mas tu não é só amor. Fica aí achando que é a única pessoa sofrendo com tudo isso, mas não é. Todo mundo sofre. E as pessoas não são só coisas boas, Lanna. As pessoas fazem coisas muito ruins. As pessoas abandonam umas as outras assim como tu fez várias vezes. E não adianta só ficar falando de amor pra lá, amor pra cá. Amor é eu saber que tu tem um cílio mais pra baixo que os outros, amor é eu ir no supermercado e comprar só dois iogurtes pra gente tomar no café da manhã pra no outro dia ter que ir no supermercado de novo contigo porque eu quero ir no supermercado contigo todos os dias, amor é eu tentar te acalmar cada vez que a gente briga e tu sai caminhando, amor é eu te amar mesmo que tu me coloque pra dormir no sofá, amor é eu querer fazer todas as tuas vontades mesmo que seja impossível porque tu passa os dias inteiros pedindo coisas. Tu pede muito, Lanna. O dia inteiro. E é difícil, é muito difícil fazer todas as tuas vontades. E eu me esforço. E eu não fujo. E eu não quero mais que tu faça isso porque eu não vou aguentar. </div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
- Tu quer um tempinho pra ver os gols da rodada?</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
- Sim, é rapidinho. O Grêmio ganhou hoje. </div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-56538014290210683852013-09-23T11:41:00.001-03:002013-09-23T11:41:20.962-03:00maionese desandada <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">- Neneca?</span><br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Eu.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Desandou a maionese.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Não acredito. Tu também? </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Não, a maionese. Eu tô fazendo uma maionese e desandou, a mãe tá aí? Ela sabe fazer ficar boa de novo. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Ah, maionese. Não, mas liga pra casa. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Mãe?</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Sim. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Desandou a maionese. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Então vem pra casa. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Não, mãe. A maionese, eu tô fazendo uma maionese e desandou. Como que faz pra ela ficar boa de novo? </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
- Ah, cozinha um ovo, bate no liquidificador... </div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-89849094341710364872013-09-19T15:39:00.000-03:002013-09-19T15:39:32.344-03:00conta comigo<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Pode contar comigo me parece infinitamente maior que eu te amo. Papo de mal amado. Mas, nem é. Pode contar comigo, na bebedeira, na falta de dinheiro, no pneu furado, numa ligação 3 da manhã, numa conversa as 7, se precisar desabafar, se precisar só desabar, ou construir, ou gargalhar, ou ver um filme ruim, ou engordar, ou emagrecer, conta comigo. Mesmo, pode contar. A teoria é falha, mas é sincera, é autobiográfica. Não pude contar com pessoas que diziam me amar, nunca deixei de contar com pessoas que disseram conta comigo. Contar com outro envolve doação e amor pode ser egoísta. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-80611651165663029662013-09-11T18:24:00.000-03:002013-09-11T18:24:03.423-03:00sonho<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;">Descobri que sonho muito. </span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;"><b>sonho</b> |ô| </span><br style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;" /><span style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;">(latim </span><i style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;">somnium, -ii</i><span style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;">) </span><br />
<div class="" style="padding-left: 10px;" title="substantivo masculino">
<i>s. m.</i></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px; padding-left: 12px;">
<span style="color: #999999; font-size: 0.9em;">1. </span><span title="Duplo clique para ver definição">Conjunto de <span class="" style="display: inline;"><pt>ideias</pt></span><span style="font-size: 0px;"></span> e de imagens que se apresentam ao espírito durante o sono.</span></div>
<span class="" style="color: #333333; display: inline; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 11px;"></span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
Sonhos são pedaços da gente espalhados por aí que querem voltar pra casa? </div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-70356941220395312972013-06-26T18:35:00.001-03:002013-06-26T18:35:30.672-03:00hay que endurecerse<span id="yui_3_7_2_28_1372281283027_80" style="background-color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif;">Tô aprendendo a viver sem romance melado. Só com a vida real mesmo. Uma adaptação. Quase a mesma adaptação que largar o cigarro. Por sinal, a saudade que bate vez ou outra é a mesma. Tanto cigarro quanto romance melado (piora quando alguém conta uma história bonita ou quando alguém fala em "PITO"). De ter músicas em comum, "GRANDE CANÇÃO", dividir um Che Guevara, emails infinitos, chororô, essas coisas. Acabou chorare. Mas, só as vezes. Nas outras eu acho que vou morrer. Crise de abstinência e identidade. </span><span id="yui_3_7_2_28_1372281283027_101" style="background-color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif;">Dá e passa. </span><span id="yui_3_7_2_28_1372281283027_104" style="background-color: white; font-family: verdana, helvetica, sans-serif;">Passa. Passou. Ou ao menos eu vou me convencendo. Beleza. Tá tudo bem, tudo zen, meu bem. Sem o bem, pra não ficar melado. E sem demora pra não irritar. Um dia explode ou vira estilo de vida. Será que eu quero ser essa pessoa? </span><span style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif;"> </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-32637517352252631972013-05-14T17:48:00.000-03:002013-05-14T17:48:15.922-03:00parem com essas coisas<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Meu irmão se foi pros EUA. Levou com ele meu sobrinho e os gritinhos "tia, tia, tia" correndo atrás de mim. Diz que voltam em dezembro e eu finjo que vai passar rápido. Minha amiga Erika todo dia adia a volta de Portugual, diz ela que descobriu por lá a África e as melhores festas do mundo. Diz que volta em junho e eu finjo que acredito. Meu amor se foi ao Peru descobrir alguma coisa de Inca que havia dentro dele. Diz que volta logo e eu finjo que nem vai doer. </span><span style="color: #222222; font-family: arial;">Pra saudade o mundo nunca é pequeno. Não me venham com essa. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-74912660121972082812013-04-30T11:45:00.004-03:002013-04-30T13:49:49.850-03:00saudosistas do futuro<br />
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu não sei se me acostumei mal com os amigos que cultivei durante toda uma vida. Eu não sei se me acostumei mal com as pessoas de quem eu gostei. Eu não sei se foi porque minha mãe me ensinou que a gente simplesmente não podia se importar com a opinião alheia porque todo mundo, no final, ia pra casa, esquecia dos nossos problemas e a gente ficava lá, preocupado à toa. Mas, em pleno 2013, por duas vezes no mesmo dia, o assunto foi o mesmo. Fofoca. E eu fiquei sem entender nada. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br id="yui_3_7_2_19_1367326262048_123" /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A palavra <span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_168" style="font-style: italic;">fofoca</span> por si só já me parece velha. E feia. E cafona. <span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_171" style="font-style: italic;">Fofoca</span>. Quem ainda tem disposição pra sair por aí falando essa palavra? Mas, tudo bem. Estava eu, no meio da roda de conversa, ouvindo o assunto <span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_174" style="font-style: italic;">fofoca</span>. Quem pegou quem, quem andou com quem, quem dormiu com quem, quem isso, quem aquilo. No meio da notícia, caras esperando que mulheres fossem santas ao noticiar que algumas delas tinham andado com outros quaisquer. "Ele dormiu com mulheres que, cara, tu nunca imaginaria". E eu querendo entender o que leva alguém a já pré-moldar as vontades de alguém. Então, para ser alguém mais "respeitável" ela deveria fazer tudo o que você, meu caro amigo, imaginou que ela faria?. Essa é a lógica? Isso faz sentido?</span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54">
<span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_109" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olha, em algum lugar alguém deve saber o quão baixo astral é tudo isso, alguém há de convir de que isso tudo envolve muita pequenez de alma, de ser gente grande, cabeça aberta, corpo e mente mais elevados. Isso tudo me parece coisa de gente que não vê o outro como gente também, como igual, ser vivo cheio de vontades. Acho que nunca parei pra pensar nas coisas que fiz, nos porres que tomei, nos micos que paguei, nos encontros bizarros que me meti. Daí, a fofoca me cegou e me peguei refletindo isso. Se eu nunca pensei, por que um outro pensaria? Se minhas amigas não cultivaram ressaca moral, por que alguém cultivaria por elas? Se elas não ligaram (em todos os sentidos da palavra) no dia seguinte, por que seria assunto pra alguém? Tudo me parece um pouco virado. O que foi, foi, passou, zerou.</span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54" style="color: #222222;">
<span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_141"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br id="yui_3_7_2_19_1367326262048_143" /></span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_54" style="color: #222222;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_136">As melhores pessoas que eu conheço não ficam encucadas com esse tipo de coisa. Meus amigos sempre estiveram mais preocupados em fazer arte, música, exposições, festas, passeatas, militância e o escambal, em comprar bons discos e ir a bons shows. Chico não deve ter contabilizado com quantas foi pra cama, Vinicius certamente não lembrava de tudo que fez por aí e </span><span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_131">Leila Diniz ficaria deveras envergonhada de ver uma mulher sofrendo por ter feito algo só porque alguém comentou alguma coisa. Tipo de gente que não grilaria a cuca porque não tem tempo pra gastar cuidando da vida dos outros. Só gente cuca grilada fica nessa de comentar quem estava com quem na noite passada. Só gente cuca quente se preocupa com quem a fulaninha já andou, ou com quem fulaninho já saiu há um tempo atrás. </span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_58">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_58">
<span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_146" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gente feliz não começa nenhum boato. Só gente triste dá início a alguma fofoca. Só gente <span id="yui_3_7_2_19_1367326262048_151" style="font-style: italic;">malamada</span> se importa com o que a fulaninha andou fazendo com o fulaninho. Inhos. Pequenininhos. Tudo diminuido. Tudo virado numa coisa inha. Uma tristeza só, tempo de vida perdido que podia ser revertido em orgasmo ou bondade ao próximo. Pode ser um jeito muito Caê de ver a vida. Pode. Mas, com certeza é mais leve, menos amargurado, menos julgado, menos condenado. E é perto desse tipo de gente que eu quero estar. Gente que não julga, que não contabiliza, que não se preocupa, que por vezes até nem lembra. Gente que só sente. E ri, ri pra vida. </span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_58">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_19_1367326262048_58">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por um "Tribalismo" no pilar da construção. Pessoas que "não entram em doutrina, em fofoca ou discussão". Sempre. </span></span></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-8570463762831192132013-04-16T18:58:00.003-03:002013-04-16T18:58:49.313-03:00é verdadeTudo que eu disse foi usado contra mim.Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-91569297063357089952013-03-04T11:58:00.001-03:002013-03-04T11:58:57.926-03:00o maravilhoso dia em que eu acordei de ressaca e resolvi ser fiel ao gostar dele <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RacmJrmo-FI/UTS2kmhxlhI/AAAAAAAAA34/I8nH9wgjg04/s1600/IMG_2749.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-RacmJrmo-FI/UTS2kmhxlhI/AAAAAAAAA34/I8nH9wgjg04/s400/IMG_2749.JPG" width="395" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Ele chama a minha banda preferida de "bandinha", debocha do tropicalismo, não gosta de carnaval. Ele reclama que eu grito, que eu dramatizo, que eu faço "treta". Ele consegue beber e não passar do ponto, não comer porcarias durante a semana, manter o mesmo tom de voz em qualquer situação. E no meio da minha bagunça eu vi que gostava dele assim. Assim bem diferente de mim. No meio do povo eu quis ele que me faz uma pessoa mais calma, menos gritona, menos pilequenta. No meio do bloco eu quis ele porque ele me faz ser melhor e mais feliz, mesmo insegura, reclamona, birrenta (e muito ciumenta). No meio da rua eu quis ele porque ele tem uma aura de gente do bem, porque ele me cuida, porque ele traz remédios, porque ele pergunta se eu os tomei, porque ele briga comigo se eu me alimento mal, porque ele se importa mesmo que eu diga que não se importa. No meio do meu sofrimento eu quis ele porque ele faz brincadeiras e eu fico gargalhando no carro como se fosse cena de filme, só que é só a nossa vida sendo a nossa vida. No meio do chão da minha casa eu chorei porque eu cansei dessa gente toda e de fingir desprendimento dele e de tentar explicar aos amigos que isso tudo é assim mesmo. Eu me prendi no abraço dele e precisei me ver sozinha pra sentir vontade de voltar pra lá. Eu não sei se ele se prendeu no meu, mas acho que ele não se importa que eu não gosto muito da "bandinha" dele. Eu gosto dele. Muito. Eu gosto muito dele. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-62914930063689692722013-02-05T14:35:00.000-03:002013-02-05T14:35:32.144-03:00é melhor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AFokpnShRKI/URFCehhb4xI/AAAAAAAAA3M/6jEAXvBj2Ck/s1600/url-3.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-AFokpnShRKI/URFCehhb4xI/AAAAAAAAA3M/6jEAXvBj2Ck/s320/url-3.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Seria fácil se fosse preto no branco. Quem ama não trai. Quem ama fica junto. Quem ama dá jeito. Quem ama faz acontecer. Quem ama não tem dúvidas. Quem ama vira uma espécie de Deus cheio de forças. Quem ama não vacila. Quem ama vira mocinho de filme americano. Quem ama isso, quem ama aquilo. Durante muito tempo eu também achei que fosse assim... Pá pum. Que amar seria o passe livre das complicações, da falta de segurança, dos dilemas, das desculpas esfarrapadas, do "deixa pra depois", "agora não é hora". Eu achava que amar seria a carteirinha necessária pra se ter certeza. Era a prova da Ordem daqueles que respondem SIM/NÃO sem esitar. - Eu te amo, mas... - Ahhhhhh então não ama, </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">amor</span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"> não tem "mas". Mais ou menos assim. Só que daí eu cresci e mudei de idéia. E aí eu vi que o preto no branco na verdade é tecnicolor. Que quem ama uma pessoa pode conseguir ficar com outra. Que quem ama as vezes não fica junto, sim. Que quem ama as vezes não consegue dar jeito, não consegue fazer acontecer, pode ter dúvidas e pode não ter de onde arranjar forças em determinados momentos. - Eu te amo, mas eu quero dar o fora. - Eu te amo, mas eu quero ser feliz. Eu cresci e percebi que essa idéia tão monocromática, pragmática e regrada, não podia ser </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">amor</span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">. Não o meu </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">amor</span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">. Que não combinava com a minha vida caos colorido que sempre transformei em cais. Nem com a Leila Diniz. Nem com Secos e Molhados. "Simples e suave coisa, suave coisa nenhuma". Nem com as paredes da minha casa. Nem com a regra de "só fazer o que dá vontade" que minha mãe me ensinou. Nem com a peça de cortar os pulsos em que eu via meu sofrimento no Ricardo e chorava porque o nome disso é "identificação". Nem com aprender a guardar o </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">amor</span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">. Nem com Futuros Amantes. "O </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">amor</span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"> não tem pressa ele pode esperar em silêncio". </span><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Nem comigo. Seria fácil se fosse outro retrato em branco e preto. Mas, não é. É melhor. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-44334695816941645492013-01-29T11:24:00.000-03:002013-01-29T11:24:47.534-03:00planinho <span style="font-family: arial;">- Alô? Oi amiga, sou eu. Eu sei que tá meio tarde... Mas, tô ligando pra pedir uma coisa. Pode recusar, viu? É... Então... Faz um planinho comigo? Só um. Ou dois, se não for pedir demais. Pode ser bem pequenininho e pro mês que vem. Pra semana que vem, se preferir, pra não se estender. Um planinho bobo, sem nada demais. Pode ser uma cerveja de pé em copo de plástico, um café bicolor que vem com bolachinha no pires, qualquer coisa (ou se quiser ser megalomaníaca podemos voltar a pensar naquele velho plano de alugar uma casa enorme com pátio pra poder ter todas as plantas do mundo e um cachorro chamado Baden por causa do Baden Powell). Só peço um planinho pro futuro. Vai aí um bom tempo que saí do futuro de alguém e viver só no presente (ou no ontem) tá me dando um certo saudosismo de planos. Abstinência de planos. Taí um ponto problemático da vida de solteiro que ninguém comenta. Não fazer parte do futuro de ninguém. Não ter aquela pontinha de figuração na cena do futuro de alguém (mesmo um joinha em alguma grande conquista). Não ter nenhum planinho pra dividir. Será isso porque no colégio nós fazíamos muitos planos? Acho que fui uma criança que fantasiou demais, acho que foi culpa do Pequeno Príncipe, acho que aquele livro não pode ser solto na mão de uma criança sem supervisão. Mas, sempre foi tão saudável imaginar um monte de coisas só pra dividir planos. Melhor que dividir dinheiro, casa, cama, perrengue. Os planos são a parte mais legal dessa brincadeira toda. Faz? Faz um planinho comigo? </span><br />
<div style="font-family: arial;">
<div>
<br /></div>
<div>
- Vamos planejar que tu vai parar com essa mania de ligar pras pessoas de madrugada. </div>
</div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-67507167673815713482013-01-28T17:04:00.000-03:002013-01-28T17:04:36.431-03:00sem título <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">Trabalhar com criação as vezes dói. Criar qualquer coisa, móveis, roupas, casas, aeronaves, canecas, obras de arte, talheres. Mas, uma coisa que precisa ser criada do zero. No papel em branco. Como na faculdade quando o professor dizia: desenhem isso aqui. Mas, assim? Sem nem um vinhozinho antes? Criar sem inspiração é mais ou menos como abraçar alguém sem vontade. A gente até abraça. Mas, quando o abraço termina parece que arrancaram um pedaço da gente. É meio como ser infiel as próprias vontades. E eu não sou do tipo que reclama da profissão, de rotina, dos dias. (Aliás, eu gosto muito. E aliás 2, esse papo <i>road trip</i> de que jovens precisam fazer mochilões pela europa e conquistar o mundo e ir atrás de seus sonhos e conhecer gente de todos os cantos e etc é opressor demais pra mim. É muita pressão de felicidade colocada em outro lugar pra quem tem pouco dinheiro no banco (tipo eu assim) e que adora o aqui porque durante muito tempo sentiu saudades.) Depois da notícia da tragédia de ontem acabei dormindo e tendo um monte de pesadelos. Tive pesadelos com todos os meus medos. Enquanto eu vinha caminhando pro trabalho percebi que vários desses medos eu nem sabia. Passei o dia lembrando disso. Depois, numa roda de amigos um papo sobre "quando vamos largar isso tudo" e eu em silêncio pensando que "isso tudo" era a vida da gente, como deve ser complicado o dia da Juliana, a moça do caixa do supermercado que é minha amiga e que escuta os meus problemas, principalmente quando o preço do queijo sobe. Passei o dia tendo que criar coisas no papel em branco. Um branco que era meio papel meio eu. Deu branco total. Tô desde cedo me sentindo pequenininha. Meio boba. Meio em branco. Criei. Foi. Nasceu. Mas, doeu. Em dia de luto nacional deveria ser proibido criar alguma coisa. Errado. Em dia de luto nacional deveria ser proibido reclamar de qualquer coisa. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-51157669974659076122013-01-22T15:41:00.000-03:002013-01-22T15:41:23.571-03:00bat macumba êê bat macumba oba <span style="font-family: arial;">Um dia eu vou escrever uma dissertação sobre o INCENSO DO AMOR. O tal. O bárbaro. O maravilhoso incenso do amor que já ganhou fama internacional entre todos os nossos amigos. </span><br />
<div style="font-family: arial;">
<br />
<div>
O histórico de 2012 foi bem complicado, principalmente as <i>bad vibes do amor</i> programadas que eu entrava. Duravam cerca de uma semana. O pico era na terça, na quarta eu me animava, na sexta eu já tava bem e a vida continuava e aí eu ficava feliz de novo e aí algo rolava e eu voltava a estaca zero e aí eu entrava na <i>bad vibe do amor</i> de novo num ciclo vicioso até perto da chegada do fim do ano (e aqui é válido um adendo, data em que acendi o primeiro Incenso).</div>
<div>
<br /></div>
<div>
A Duda (minha vizinha, amiga, confidente e mãe substituta) já sabia como era a logística. Numa quarta ela apareceu com uma sacola de presentes pra me animar. Eu tenho um fraco por presentes (principalmente os que custam menos de 5 reais). Da sacola saíram vários agradinhos que fizeram meu coração sorrir. Um desses agradinhos era o INCENSO DO AMOR. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Veja só. Eu não sou praticante de nenhuma religião. Não por falta de fé, mas porque é muito difícil escolher uma só e envolve uma complexidade esquenta cuca que eu particularmente acho uma perda de tempo de vida. Eu acredito em tudo que me dizem. Principalmente em religiões que envolvem gente de branco. E tem também que eu nasci no dia de Santo Antônio e eu acho que, se ele tanto TESTOU A MINHA FÉ NO MUNDO nos últimos tempos é porque no futuro vai me retribuir com um COMPANHEIRO que seja o paraíso em forma de homem. Vai chegar a hora da bonança. Então, acreditar é comigo mesmo. (E, antes que alguma feminista salte dizendo que estamos colocando nossa felicidade nas mãos de algum homem, vos digo: muito curtimos a dança da solidão e até fizemos uma coreografia pra isso estilo Macarena.) </div>
</div>
<div style="font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial;">
Bom, contou a Duda que o achado do Incenso do Amor foi numa loja de artigos de Umbanda. E, como o que importa é crer, a casa logo virou uma defumação geral. No meio da fumaça a gente comentava: e será que funciona? COF COF, eu espero que sim. </div>
<div style="font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial;">
Olha, a única certeza que posso dar é que: a casa ficou cheirosa e <i>GOOD VIBES DO AMOR </i>tomaram o ambiente (o que não é difícil, pois é um ambiente bem enxuto). O resto não posso provar que seja 100% responsabilidade do tal, mas... A Duda tá vivendo o grande amor da vida dela e as amigas pra quem demos o Incenso (com letra maiúscula em respeito) estão vivendo romances (que se emails tivessem classificação indicativa viriam com uma tarja dizendo NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS). </div>
<div style="font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial;">
Será o fim de uma era? Será que o fim de era tem cheirinho bom? </div>
<div style="font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial;">
É isso. 2013 tá aí cheio de bossa e novidades. O que importa é acreditar. Está claro que, após aceso, a culpa de todos os males do mundo deixam de ser minhas e passam a ser do Incenso. E querido, eu confio em você. Faça de mim o seu brinquedo. </div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-5421097191711215322013-01-16T09:51:00.003-03:002013-01-16T09:51:33.043-03:00¡quiero vivir!<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="375" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" src="http://player.vimeo.com/video/26851385" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen" width="500"></iframe> <a href="http://vimeo.com/26851385">De amor se vive [1982]</a> from <a href="http://vimeo.com/nuestrocanto">Nuestro Canto</a> on <a href="http://vimeo.com/">Vimeo</a>.<br />
<br />
<br />Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-30666870089127948782013-01-09T17:20:00.000-03:002013-01-09T17:20:31.673-03:00também não é assim <span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 16px;">Acho que eu tô fazendo merda. É. Pode ser que eu esteja fazendo merda. Nunca tinha passado por isso na minha vida. Vontade extrema de não dar a menor satisfação pra ninguém. Porque eu sempre dei satisfação, mesmo que ninguém me pedisse. Tudo o que eu fazia envolvia comentários de 2 ou 3 amigas. E, eu filosofando sobre, é por isso, por isso, mas veja por esse ponto, se pensar melhor tem tudo pra dar certo, se não der certo depois a gente vê, fica tranquila. Não por fraqueza, dúvida, nem pra pedir opinião, mas por uma sensação louca de que se eu falasse haveria uma rede pra me segurar caso eu caísse. Um aviso: olha eu tô indo pra forca, se der errado liga pros meus pais e diz que eu amava eles. Caso desse merda, caso não desse, só pra poder comemorar junto depois. Ouvi tanta coisa sobre essa história toda, tanta teoria furada, tanta pseudo dica, tanta proteção, que a rede pra me segurar caso eu caísse acabou me prendendo e me sufocando. E é amor, eu sei. Só por amor. Toda teoria, dica, proteção, cerveja, dose de tequila pra esquecer, todo blush que passaram na minha cara. Só que no meio dessa rede também tem muita cobrança. Cobrança de ser feliz, vida loca, livre, mulher, dona de si, nariz empinado, sorriso estampado, cuca fresca. E isso tá dando trabalho porque as vezes só quero ficar na minha. E, porque as vezes as coisas são bem mais complexas do que parecem, as pessoas bem mais profundas e as histórias bem mais cabeludas que nossos resumos. Porque eu não sei o que fazer e eu não tenho que fazer nada. Mas, eu tô com o coração apertado, cuca esquentada, querendo resolver uma situação que não depende de mim. O tempo é a resolução e ele decide, eu não posso me meter, e se eu pudesse talvez não me meteria. Ninguém acelera o tempo porque tá feliz, nariz empinado, vida loqueando, bêbada, na rua, maquiada (e as manhãs são tão piores). Deixa o tempo dar jeito nisso. Essa semana foi conturbada demais pra conseguir dar satisfação, pra conseguir aprofundar qualquer assunto, pra conseguir dizer o que eu acho disso tudo, e acho que eu não acho nada, eu não tô sabendo de nada e eu não quero nada. Quero não querer nada por um tempo. Só pra poder ficar em silêncio. Sem dar satisfação de nada. Correndo todo o risco de estar fazendo merda e arcando com isso. </span>Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24419005.post-47929101286426233452013-01-07T17:16:00.002-03:002013-01-07T17:16:40.146-03:00descoberta <br />
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- O mundo entrou numa egotrip louca, né?</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- O mundo anda bem estranho. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- As pessoas tem olhado os outros meio de cima, né? Tenho me sentido meio em avaliação.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span id="yui_3_7_2_15_1357586880720_151">- Mais que no colégio, né? E olha que eu sofri no colégio. É isso, estamos vivendo um grande colégio tardio. </span></span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- É, tá tudo bem estranho. Se for parar pra pensar, 5 anos atrás era tudo bem simplinho, todo mundo era simplinho e a gente aguentava beber bem mais. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- 2007, grande ano, talvez o ano em que o Gil aprendeu nosso nome e atendia melhor nossa mesa. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- A gente não tinha ressaca também. Saía sexta E sábado. Sair sexta e sábado é uma virtude pra quem tem boa saúde. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Eu por exemplo, tinha um profile no orkut com apenas 12 fotos e era feliz. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Saudades do orkut com apenas 12 fotos. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Mas, aí começou a desvirtuação, o pessoal começou a usar depoimento como bate-papo, eles aumentaram o número de fotos...</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Foi aí que começou essa egotrip louca.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Foi quando aumentaram o número de fotos do orkut.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Foi. Que incrível. Que descoberta. Freud estaria orgulhoso. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- E a gente?</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- A gente segue procurando se ligar em gente que não se liga nessas coisas. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Saudades do Gil, cara. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Grande Gil. </span></div>
<div id="yui_3_7_2_15_1357586880720_49">
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">com http://renatargarcia.blogspot.com.br/</span></div>
Lannahttp://www.blogger.com/profile/02723634497891557656noreply@blogger.com0