7 de abril de 2006

Vezes

Quando alguém diz: Defina-se em uma palavra. COMO? UMA PALAVRA? MIL SERIAM POUCAS.
Nunca soube uma palavra, sempre quis ser tudo ao mesmo tempo, sempre quis tudo ao mesmo tempo, sempre quis todo o tempo do mundo em uma fração de segundos. Na minha vida tudo e nada sempre foi sempre e nada foi igual a nada.
Uma fadinha triste/feliz, quietinha/arteira, forte/fraca... Uma fadinha valendo por mil e cem fadinhas. Acabo me perdendo nessa multidão. Poderia passar horas aqui falando sobre essa quantidade imensa de eus que habitam esse corpo, mas parei de pensar, e meu cansaço é de tentar entender algo inexplicável.

"Um latim que ninguém aprende"

Dizem que os poetas não podem possuir suas musas, pois, assim seriam felizes, dizem que versos bonitos apenas a tristeza trás. Fico pensando (como penso) em como é difícil escrever sobre qualquer coisa quando uma sensação boa nos toma, podia aqui falar sobre política, esporte, música, poesia, filmes, SENTIMENTO, que nada ficaria realmente bom, realmente cativante, realmente emocionante. Penso na dificuldade de ser poeta, em como deve ser difícil não sentir essa sensaçãozinha de não saber explicar o motivo do sorriso. Sorrir apenas, sem motivo, nem explicações. Realmente concordei com isso, perdi mais uma vez. Essa discussão vale a pena...

Essa sensaçãozinha trás apenas o meu silêncio, respiro bem baixinho pra não fazer barulho algum, que esse silêncio seja o mais alto que possa existir, que com ele venha um milhão de frases sem sentido. O olhos explicão coisas infinitas, as palavras da boca é que nem tentam sair, tornam ao coração caladas como vem.