25 de junho de 2007

Sobre as despedidas


Calcei meus velhos all star, procurei o casaco mais agasalhador. Fui para a escola aprender História, voltei observando o mundo no tempo de meus passos. Um passarinho, as pessoas no ônibus, o livro que eu carregava, o vento congelando o nariz , o sol tapado por nuvens. Era eu tão pequena, rodeada de gigantes corredores, cruzando por mim, deixando-me para trás. Por que tanta pressa?
Fiz amizade com um cachorro. Ele me acompanhou durante um certo tempo, no entanto trocou-me por um saco de lixo – isso deveria ter deixado-me triste, bem, relevemos -, ao menos por minutos compreendeu o porquê do “não pisar nas linhas”, o porquê dos óculos, o porquê do passo lento. Por que te fostes cachorrinho? És o único que cessa nesse planeta de combates. Faz-me companhia cachorrinho. Esse mundo é grande demais para ficarmos sozinhos.

(O dia nublado entristeceu a flor, devaneou o amor, transbordou de temor o coração da menina.)

Sobre os pensamentos

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaa
aAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaa

(Sim.
Um rugido atrapalhado no horizonte confuso do meu interior.)