25 de agosto de 2007

Clowns


Caminhar no centro da cidade durante o dia nunca foi tranqüilizador. Na tarde cinza que se fez, procurar um soldador e uma costureira foi trabalho árduo. Com os preocupados indo e vindo, meus fones deixaram-me um pouco a parte de toda aquela irritação. Acabei encontrando livros e procurando gibis, não achei a tal da moça, muito menos o senhor que me ajudaria. Como de costume termino o passeio em uma livraria, ou, comprando lápis.
Com a chuva dei-me na casa da Vovó, de capuz, molhada e frustrada. Vovós moram no centro da cidade. Revi seus badulaques, conversei sobre o tempo e deixei-lhe com suas reclamações da idade.
Chegando em casa encontrei Camila. Contou-me sobre como seria mexer com desenhos durante o resto da vida, falou sobre a gratificação de vê-lo “de pé”. Descreveu as lapiseiras, os lápis, as canetinhas, cada detalhe. Fez-me – inacreditavelmente – ter mais sede do futuro. Ofereceu-me sua mesa.
As gotas que caíram sobre mim fizeram-se reconciliadores do eu com o eu. Uma lembrança do destino que virá, um pacto justo do que poderá surgir, toda a vida que quero. É tudo que quero.
Deixar a chuva lavar o espírito dos apreensivos. Deixa-la lavar o fantasma do centro da cidade. Deixa-la lavar minha alma. E o dia termina tranqüilizador.

"E esse charlatão vai cantar sua canção
Que comove toda arquibancada com tanta agonia
Dentro dele um coração folgado
Cantarola uma outra melodia"

Harry porco

Sou pseudo-inteligente e vou a estréias de filmes de animação. Nota mil e dezenove para Simpsons e para os boçais das risadas de plantão, meus acompanhantes. “Político”, sarcástico e recheado de malícia, pacote completo para a saga da família ser mais um grande sucesso de bilheteria.
Não esquecendo, abraço forte ao Church e Zelda. Ainda nisso, está aberto o curso de animação no estúdio Laços, novamente. Com a carga horária impedindo, refazê-lo é mais um projeto para dois mil e oito. Porém, fica a dica aos amigos das artes.

PS: Viva o porco aranha.