1 de junho de 2007

Carta à Lanna


Beirando os dezessete anos estás a um passo de decidir um futuro provavelmente dessemelhante do que venhas a ganhar. Talvez tuas alternativas sejam do agrado de teus pais e teus familiares. Talvez escolhas uma profissão bem conceituada, abrangente, que ofereça status e ótimas perspectivas financeiras. Talvez optes em favor de tua vontade.
O fato é que: Independente do que decidires para a tua vida, se as opções não te fizerem realmente crer no papel que assinas, seja lá o que for, dar-te-ão como bônus dos teus dias o recíproco do teu desgosto. Serão chatos, entediantes, monótonos e tu passarás a ser abominado entre teus colegas. Terás dinheiro e junto a ele, principalmente, amargura. Como um vazio insuficientemente completo de aparências e dólares.
Terás que colocar em pauta teus valores, tanto morais como espirituais. Aprender a ouvir, mesmo opiniões adversas, mesmo injúrias, mesmo ignorâncias. Porém, terás especialmente que optar pela primorosa passagem dos dias sem esperanças de orgulhar àquelas que esperam algo diferente de ti. Terás que mostrar a eles o quanto podes ser diferenciado desta massa servil sendo exatamente da forma que és. E assim sendo, terás a auto-confiança na profissão que se assemelha a ti, e por conseguinte darás a quem merece um tanto de admiração por teus atos.

Abraços da sempre tua , Sã Consciência