31 de maio de 2006

Pokémon

É engraçado lembrar das nossas reações quando criança, as coisas com as quais nos importávamos, as coisas que reparávamos. Não seria novidade citar que na infância tudo parece muito maior, e não só por sermos pequenos, mas por sermos mais sinceros e bem mais observadores.
Na aula de literatura lembrei de algo...
Um belo dia acordei e minha mãe disse:
-Neneca, saiu uma reportagem no jornal dizendo que o desenho aquele que tu gostas é muito violento.
Violento? Não, para aí, só um pouquinho, praticamente vivo dentro de uma pokebola, sonho com o Ash e vibro a cada choque do Pikachu, aí, vem um cara grande desses e diz que é violento? Se perguntassem a uma criança ela diria que é o desenho mais legal do planeta. Mas não, perguntam a um adulto e ele diz que é violento, bem palavra de adulto mesmo.
-Mãe, vou escrever para o jornal.
Juro que me esforcei ao máximo, lembro direitinho da minha estranheza com o computador e com as palavras. Mesmo com minha linguagem infantil e erros de português constantes a crônica foi publicada.
Dei risada disso hoje, talvez com oito anos eu fosse bem mais revoltada e lutasse bem mais pelo meu ponto de vista, mesmo que para os adultos meus ideais não tivessem tanta importância.
O tempo foi levando o gosto por Pokémon, mas afirmo, repito e gravo que a menininha braba segue aqui.