24 de abril de 2006

Sobre mulheres e gatos

Hoje na hora do almoço descobri o porquê da minha admiração pela mulher gato (sim, eu gosto dos vilões).
Conversando com uns amigos cheguei a conclusão de quê nem ela, nem seu respectivo amado, (Batman, para o desinformados) nasceram com super poderes. Eles os criaram.
Lendo “Super Heróis e a Filosofia. Verdade, Justiça e o caminho Socrático”, (recomendo) percebi que todos os meus ídolos tinham um dom sobrenatural e/ou eram de outro mundo (como o Super Homem, que se Homem nada têm). Eles não eram compatíveis a nós assim como ela.
Fiquei filosofando por horas nessa cabecinha, pensando em mum milhão de coisinhas com isso. Será mesmo que essas pequenas ações não são como atos heróicos? Ajudar um amigo, fazer uma boa ação, tirar um gatinho de uma árvore, caminhar no escuro, entregar uma flor á pessoa que gostamos, pequenos atos cheios de “heroísmo”.
Basta ter um ideal, (mesmo que seja ruim como o dela), basta acreditar em algo pra valer, acreditar e lutar por isso, basta querer para se ter “super poderes” e não falo de voar ou lançar raios, falo de “super poderes” de verdade... Ah, deixa pra lá.
Olha eu aqui, querendo explicar o inexplicável, quem se importa? Vou eu voltar ao meu mundinho das palavras e desenhos.

23 de abril de 2006

Ah não Lanna

"Não há nesse mundinho alguém sábio o bastante, não há nesse mundinho alguém inteligente, vivido, amortecido, sofrido, e totalmente preparado para as peripécias da vida. A vida é uma grande vírus de RNA".
(Filosofando com as amigas. Parte 1)

Boa tarde Senhor. Posso fazer algumas perguntas?

Talvez não aja bicho papão, talvez eles sejam ursinhos com medo da solidão do inverno.
Queria eu fazer uma reportagem:
-Olá senhor. Poderíamos conversar sobre como é ser assim... Digo, por favor, não se zangue... Como eu ia dizendo, como é ser um bicho papão? Como é viver só em sua floresta escura cheia de barulhos assombrosos e não ter medo de nada? Como é machucar alguém sem piedade?
-Oh minha filha... Não escolhemos ser cruéis, nem rudes, nem assustar aos outros. Não escolhemos estar nos pesadelos das criancinhas, nem gerar a dúvida se estamos no escuro mundo debaixo da cama. Somos assim, porque a vida nos fez ser assim, porque para sobreviver a solidão é precisa ser mais rude que ela.

17 de abril de 2006

Chegaram os dias de edredom

Acabei de chegar da primeira aula de uma nova experiência. Eu cabisbaixa, envergonhada, rodeada de pessoas estranhas e mais velhas, adorei. Curso de Animação, Design Gráfico e História em quadrinho, minha paixãozite, e ai de quem diga que não gosta. Já dizia o sábio, “cabeça vazia é a casa do diabo”. Vamos estudar e tomar um rumo na vida, não é Mãe?
Ah, além do curso a novidade de hoje é que descobri que quero um cachorro. Bem fofinho, bem pequeno e bem peludo, o nome dele será Mundo. Estou com sono e frio, enfim chegou o inverno, belos dias de edredom.

16 de abril de 2006

Dupla infantil

Hoje, no almoço de família vi o dvd da dupla Kleiton e Kledir (recomendo). Fiquei ouvindo “Estrela, Estrela”, lembrando de quando era menor e ouvia o pai cantarolar essa música. Vi que já tinha idade suficiente para entender seus versos e comecei a viajar.
Uma estrela é só, não é mesmo? Mesmo assim ela brilha com toda sua força iluminando a noite de dezenas de almas tristes que perambulam pelo céu negro. Ela está sempre entre suas idas e vindas, mesmo assim brilha brilha brilha. Interpretação simples, sem grandes enrolações, nunca tinha pensado nesse aspecto, algo como uma estrela é impossível guardar no bolso ou em um potinho, a sua beleza está em ser só. Mais valem mil estrelas no céu que uma queimando na mão, e o ditado vai ser assim.

Quanto foi a consulta?

Todo mundo adora ter um problema. Virou moda, verdade, acredite. Qualquer pessoinha na via láctea do leite moça fiesta adoro um probleminha para coçar a testa. Pessoas sem incomodações não existem, ok, mas nós podemos esmagar os problemas e empurrá-los para bem longe, para um mundinho onde sentam e conversam frustrados sobre as vidas que não conseguiram destruir.
Hoje em dia virou legal ser triste, sabes? Olhos pintados de preto, roupas pretas, cara fechada, silêncio. O mundo de sorrisos e pessoas contagiantes foi por água abaixo. Sempre fui e sempre vou ser a favor de um belo sorriso, cheio de esperança e medo, um belo sorriso que abriga, que cativa, que trás segurança. SORRIR, mesmo que a vida seja um verdadeiro caos, SORRIR pelo fato simples de colorir a vida e nada mais, sem um motivo, causa ou circunstância, sorrir pelo motivo de... Sorrir. Ser triste não deveria ser bom, é péssimo, esse mundo está de cabeça para baixo.
Vendo fotologs, orkuts, e, essas baboseiras que ninguém se escapa, percebemos o quanto o mundo virtual e as pessoas que nele habitam acham bonitinhas uma lágrima e uma roupa escura. Um dia filosofando com a Lara escutei a seguinte frase: “Talvez deva ser bem mais difícil ser colorido e cheio de vida, do que ter um coração black e uma cara fechada”. Interessante.
Penso que o ser humano é um animal em transição constante (o mundo gira tanto que amanhã quando eu bisbilhotar as páginas do orkut posso acabar vendo a maioria das pessoas com fotos pra cima, sem perfis tristes e fotologs em depressão), cheio de vontades e receios, penso que no mundo não existam pessoas fortes o bastante para chutar os problemas para longe, pessoas sabias o bastante para saber aproveitar os momentos bons que a vida proporciona e levar isso como forma de amanhecer um dia melhor. O céu estrelado, um filme abraçadinho, uma poesia, uma carta, uma notícia boa no jornal, um pôr-do-sol, um gol, um beijo, um carinho, um abraço, um presente surpresa, um copo de coca sem gás, um show do Strokes na tv, uma mensagem na madrugada... Saber aproveitar cada minutinho, tanto tanto e tanto, mesmo se atrasando para o próximo.
As pessoas não sabem aceitar a felicidade por medo de perdê-la, as pessoas não sabem o quanto é mais legal sorrir a ter o rosto duro.
As pessoas precisam entender que alguém só é forte realmente quando está feliz, precisam parar de se confundir com essa tristeza/moda que tomou conta dos cérebros alheios, essa tristeza não é legal, e deveria ser ILEGAL.
Agarre a felicidade com unhas e dentes, do jeito que ela vier, boa ou má, certa ou errada. Saber manter a felicidade, alimentá-la e tratá-la bem não deve ser um trabalho tão árduo. Um belo sorriso para começar, uma pitada de carinho e um abraço apertado seria perfeito. Que tristeza que nada, gira mundo e leva essa nuvem de coisas ruins daqui... Agarrei minha maquininha de colorir gente e não solto nunca mais, o mundo anda muito sem graça e está em preto e branco.

13 de abril de 2006

Sobre células e filosofia

Por que saber sobre a célula que tem uma partezinha com tal funçãozinha para com a membraninha do diabo a quatro? Mesmo com todo o barulho nada me tira a atenção dessas palavras, comecei a ler Nietzsche, acabei me desprendendo do mundo. Lanna? Lanna? Já vou (droga).
Ele é extremamente arrogante, isso me intrigou e fez com que prestasse atenção em cada detalhe, concordei com quase tudo, com quase toda frase, com quase...
“Quanta é a verdade que um espírito suporta, quanta é a verdade que ele ousa? Essa foi, para mim, e cada vez mais, a tábua para medir valores. Engano não é cegueira, é covardia... Toda a conquista, todo o passo adiante no conhecimento é conseqüência da coragem, da dureza em relação a si mesmo, da decência consigo mesmo... Eu não refuto os ideais, eu apenas visto luvas diante deles. Nós buscamos o proibido, é sob esse signo que minha filosofia sai vitoriosa, pois até agora sempre foi proibida fundamentalmente apenas a verdade”.
Pronto Léo, já fechei o livro, vou prestar atenção na aula... Voltando ao mundo da Biologia.

7 de abril de 2006

Vezes

Quando alguém diz: Defina-se em uma palavra. COMO? UMA PALAVRA? MIL SERIAM POUCAS.
Nunca soube uma palavra, sempre quis ser tudo ao mesmo tempo, sempre quis tudo ao mesmo tempo, sempre quis todo o tempo do mundo em uma fração de segundos. Na minha vida tudo e nada sempre foi sempre e nada foi igual a nada.
Uma fadinha triste/feliz, quietinha/arteira, forte/fraca... Uma fadinha valendo por mil e cem fadinhas. Acabo me perdendo nessa multidão. Poderia passar horas aqui falando sobre essa quantidade imensa de eus que habitam esse corpo, mas parei de pensar, e meu cansaço é de tentar entender algo inexplicável.

"Um latim que ninguém aprende"

Dizem que os poetas não podem possuir suas musas, pois, assim seriam felizes, dizem que versos bonitos apenas a tristeza trás. Fico pensando (como penso) em como é difícil escrever sobre qualquer coisa quando uma sensação boa nos toma, podia aqui falar sobre política, esporte, música, poesia, filmes, SENTIMENTO, que nada ficaria realmente bom, realmente cativante, realmente emocionante. Penso na dificuldade de ser poeta, em como deve ser difícil não sentir essa sensaçãozinha de não saber explicar o motivo do sorriso. Sorrir apenas, sem motivo, nem explicações. Realmente concordei com isso, perdi mais uma vez. Essa discussão vale a pena...

Essa sensaçãozinha trás apenas o meu silêncio, respiro bem baixinho pra não fazer barulho algum, que esse silêncio seja o mais alto que possa existir, que com ele venha um milhão de frases sem sentido. O olhos explicão coisas infinitas, as palavras da boca é que nem tentam sair, tornam ao coração caladas como vem.

3 de abril de 2006

Estudos



Fechado por uns dias para estudos e mais estudos, esse ano tem vestibular e temos que ralar. Quando tiver tempo coloco as idéias do papel pra cá.
Ah, e escutem Max de Castro/Samba Raro, to ouvindo agora, vale a pena.
Um beijo enorme