12 de setembro de 2012

a falha de Toninho

Eu pego uma roupa emprestada e derrubo mostarda, compro um colar e perco uma pedra, tento fazer um andar sensual e tropeço. Essa sou eu e já aceitei. Deve ser por culpa desse jeito que nunca soube lidar muito bem com quem faz o tipo "jogo de sedução" (nome de música de pagode) ou com pessoas que não são simpáticas logo de cara. É que se eu fizer logo amizade posso ficar suja de mostarda, perder uma parte do colar e tropeçar que não vou me sentir mal. Fica tudo em casa. Toda essa falta de coordenação se reflete em qualquer tipo de relação amorosa. Aceitei, não levo o menor jeito pra isso. Tentei. Vai ver daqui um tempo eu aprenda, ou sei lá, eu posso adotar gatos. E o mais hilário é que nasci no dia de Santo Antônio. Tá perdoado, Toninho, sei bem como é ser atrapalhado. 

Quando eu morrer não quero choro, nem vela. Apenas peçam ao Selton Mello pra fazer um filme engraçadinho da minha vida.  

4 de setembro de 2012

fé no tempo

Tentei escrever, mas me dei conta de que qualquer palavra se voltaria contra mim e explodiria aqui dentro e meu coração se despedaçaria em tantos pedaços que nem a cola do tempo colaria e, aí sim, tava tudo perdido. É melhor tentar criar pra fora. Que isso tudo exploda em outro lugar. E eu... fico aqui quietinha esperando passar.

http://180cartazesprasairdafossa.tumblr.com/