8 de maio de 2007

Ying-Yang


Teu contrário me agrada, me transborda de contentamento, luxúria, avareza. Despertas em mim os pecados impuros de uma alma arrebatada de sentimentos melancolicamente alegres. Tu és o pretexto da minha felicidade e do meu orgulho.
Dizer que és direita e eu esquerda, que és o silêncio e eu o esparro, és a noite e eu amanhecer, enche-me de interesse sobre como desta tua figura tão avessa formas um desenho tão propicio. Encontras em mim o espaço para tuas histórias ocultas e me ofereço em branco para fazer parte dos teus pensamentos extra-normais.
És o negro reflexo dos meus olhos, abarrotados de benignidade por ti, o avesso do que sempre quis, e no entanto, o que sempre fará de mim o oposto imprescindível.