10 de agosto de 2006

Sobre algodão e castigo

Se alguém olhou o céu hoje, concorde, estava de dar medo. Escuro, cinza, triste, preto e feio. Como se as nuvens estivessem furiosas com os terráqueos.
Entre as tantas burradas que cometemos, não dar bola para elas encontra-se no topo. Preocupados com horários, números e dinheiro não paramos um segundo para somente observa-las.
Então, a chuva. Um pedido de atenção, uma forma de lavar a alma dos seres “cara fechado”, o castigo.
Paremos um pouquinho e contemplemos as tais nuvenzinhas, demos a elas um bucadinho de atenção, um tantinho de nosso precioso “tempo”. Naqueles dias de céu azul, paremos, como se neste momento todos os relógios cessassem, os relógios do nosso mundo.
Ou, compremos um barco.

Sim, tenho medo de trovões. E daí?