6 de dezembro de 2009

Y cuando me pierdo en la ciudad

Hoje senti que deveria escrever algo. Escrever para extravasar, para colocar no papel todo aquele turbilhão que há aqui dentro, para me sentir acompanhada quando alguém me lesse, para contar memórias, para doar ao mundo essa minha confusão. O papel ficou em branco um bom tempo. Coloquei para tocar uma velha canção que meu pai ouvia muito. Cocei a nuca. Pensei. Pisquei os olhos lentamente. E em voz alta:

- Eu não quero escrever.

Hoje quero ficar em silêncio. Hoje devo ficar em silêncio. E as luzes da cidade falarão todos os vocábulos que deveria colocar neste branco papel, o vento assobiando nas ruas, o movimento das pessoas. Hoje, não trancarei meus pensamentos nas palavras, deixei-os livres por todos os lugares do mundo, no meu silêncio.


Te vi
Juntabas margaritas del mantel
Ya sé que te traté bastante mal
No sé si eras un angel o un rubí
O simplemente te vi.

Te vi
Saliste entre la gente a saludar
Los astros se rieron otra vez
La llave de mandala se quebró
O simplemente te vi.

Todo lo que diga está de más,
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad
Vos ya sabés comprender
Es solo un rato no más
Tendría que llorar o salir a matar.
Te vi, te vi, te vi
Yo no buscaba nadie y te vi.

Te vi
Fumabas unos chinos en Madrid
Hay cosas que te ayudan a vivir
No hacías otra cosa que escribir
Y yo simplemente te vi.

Me fui
Me voy de vez en cuando a algún lugar
Ya sé, no te hace gracia este país
Tenías un vestido y un amor
Y yo simplemente te vi.