22 de fevereiro de 2008

Bocejo

Ando meio enjoada, sabe? O povinho agora resolveu ser “superdiferenciado”. Nessa onde de “super-vou-me-diferenciar” só encontro semelhanças. E semelhanças. Nada forçado é interessante. Nada forçado é real e atraente. Ao menos, a longo prazo.
São tantas poses, tanta estética, perfis de orkut (ah não, por favor!) bem formulados, onde ficou a naturalidade? Todos que precisam mostrar uma imagem é porque não a contém. Não possuem, por si só, o dom de cativar os outros. Precisam de um álibi imaginário de personalidade, escondem de si mesmo sua falta de perspectiva e amor. É, amor. Amigos reais. Diversão real (aquela que não aparece no fotolog).
Como todo ser humano – contemporâneo – normal, quando sem sono, vou-me para internet. E lá, penso comigo: “E a moral?” São poucos aqueles que mostram em suas palavras um pouco de sinceridade. Vejo exclusivamente pessoas querendo mostrar aos fast-friends seus conhecimentos sobre bandas underground, filmes antigos, e gostos excêntricos. Tudoingual.
Sabe. A-b-a-n-d-o-n-e-i. Peguei Graciliano, e ó, já pra cama. Porque sou superbrasileira e superafim de me diferenciar dessa onda. Ou, talvez, pegar Khaled Hosseini e lançar a tendência, de que, tudo que é banalizado é legal.
Adorei. E digo mais, digo que se todos fossem mesmo tão inteligentes quanto tem apresentado, minha geração terá o mercado de trabalho mais concorrido da história mundial.