31 de março de 2006

Sei que vou ser coroado rei de mim

Larguei os cálculos estequiométricos pra vir aqui falar de amor. Desde pequenininha (eu adoro essa frase) sempre tive essa “vontade” dentro de mim pulsando forte, é uma “vontade” estranha, é “uma vontade” boa, é uma “vontade” que completa. Vontade de quê? Não sei. Quando vem? Não sei. Pra quê? Nunca se sabe. E como funciona? Muito menos.
Acabei de ver Lisbela e o Prisioneiro (um dos meus filmes preferidos), pela algumacoisaécima vez, sabendo os diálogos e mesmo assim tomando um susto cada cena com música de algoruimvaiacontecer. Estranhei e achei graça do meu sorrisinho de criança quando ganha um brinquedo novo, e da minha alegria ao vê-los juntos no final.
Juntei tudo em um mix de pensamentos mirabolantes, retrocedi anos dessa pequena grande vidinha e pensei em todos os sonhos que tinha e tenho, pensei nessa minha vontade de alguma coisa. Vontade de amor, oras bolas, vontade que não se sacia, vontade que não cura, não passa e não termina.
Queria eu essa vida de filme... Deixo de lado os maquiadores, os grandes cenários e os efeitos especiais, queria mesmo os diálogos, os beijos apaixonados e o clichê de viveram felizes para sempre. Queria eu essa magia e essa fantasia que sempre tentei enxergar na vida real, queria eu essa vontade “de” que os apaixonados de filme têm, esse fôlego, como eu queria. Esqueço os cortes e edições, queria viver vinte e quatro horas por dia essa emoção, essa loucura, e essa gana de ser feliz.
Fico aqui com minha vontade fazendo companhia, daqui a pouco tenho que voltar ao lustre e aos cálculos não é mesmo?

Tenho raiva desse meu silêncio, dessa mente com pensamentos rápidos e conturbados, tenho raiva, pois, parece que quanto mais escreve pra me expressar... mais faltam 1000 palavras entre cada espaço.

27 de março de 2006

Orgulhosa? Sim, com muito orgulho

Nasci com uma dose de vontade, outra de saudade, outra enorme de orgulho. Desde pequeninha bati o pé por todas minhas vontades, lutei por cada coisinha (mínima que fosse), sempre precisei de um ideal, mesmo que parecesse tolice para os outros. Para mim tudo que me fazia estremecer era motivo, e quando não fazia dava um jeitinho de virar motivo para entrar na briga.
Tive saudade de cada coisa que me fez bem ou mal, temos que ter saudades de tudo que passou na nossa vida, NADA, nada mesmo acontecesse duas vezes. Sinto saudades de coisas mínimas, como a bala de mel que não gostava e que meu avô teimava em me oferecer, sinto saudades de como a minha Mãe arrumava meu cabelo, no modo como ela puxava e fazia uma colinha lá no alto, como eu ficava furiosa. Sinto saudades de pessoas, de momentos, de pequenas coisas. Sim, sou apaixonada por pequenas coisas, quando uma mão encosta na outra, um olhar, um sorriso, sinto saudades do que ainda não aconteceu, sinto saudades do que já vai terminar.
Demorei sempre a entender que estava errada, demorei sempre a fazer as coisas para não parecer molenga ou fraca, sempre tive minha capinha protetora para não deixar ninguém me magoar, e quase sempre acabava magoando as pessoas com essa minha inconstância. Já fui chamada de cruel, de fria, de inflexível, já fui culpada por iludir as pessoas, já ouvi que não tinha coração, já fui chamada de orgulhosa.
Não sou cruel, muito menos fria, não iludo ninguém, e tenho um coração enorme. Orgulhosa? Sim, com muito orgulho. Meu coração é de criança, frágil e dócil. Cansou das armaduras, hoje quer sinceridade, quer a tranqüilidade de uma vida colorida e cheia de surpresas. Se atira sem medo de se machucar, porém chora quando faz ferida. Por favor, nunca mande-o entrar dizendo que precisa lavar o ferimento... Faz dodói, mas ele quer sempre seguir brincando.

23 de março de 2006

Sobre estar só eu sei

É loucura.
Sim, e o que mais seria? Viver com os pés amarrados no chão não é modo de vida, e sim de morte. Vem cá, me da essa mão gelada e vamos olhar as estrelas.
Ali, não enxerga? Impossível te fazer enxergar, olha pra mim e vê como esses olhinhos estão brilhando, queria eu que pensasses que era uma estrela. Tira esses pés do chão, e não sente medo de vir comigo. Entende que quem parte saudade leva, e quem fica saudade guarda, entende que memórias não se abraça e que tudo tende a crescer no peito da gente.
Um dia ainda viro estrela ou poesia, e então não terá jeito de esquecer de mim, cada vez que olhar pro céu ou pensar em coisa bonita virei a tona nas lembranças e farei com que o lugar onde estiver seja o último lugar onde querias estar.

22 de março de 2006

Coragem Sr Ilusão, coragem

Se fez noite, reparei que não fiz nada produtivo o dia todo, me encontro aqui ouvindo Jimi Hendrix e penso... Na vida somos obrigados a fazer as coisas valerem a pena.
Imagine uma situação... Um grupo de amigas sai para uma festa chata, sem pretendentes, música ruim, vazia, chata mesmo. Então entendem que precisam transformar a situação, pegam uma garrafa de cerveja e dançam até o amanhecer. Voltam para casa sem um namorado, sem ter escutado música boa, sem ter conhecido pessoas diferentes, quando colocam a cabeça no travisseiro sentem a sensação de ter ido a melhor festa dos últimos tempos, riram até doer a barriga, dançaram músicas ruins pensando serem ótimas, tomaram um porre daqueles e ajudaram a melhor amiga vomitadeira a por para fora aquela meleca verde dando risada.
É obrigação se arriscar, é obrigação deixar de ter medo, é obrigação aproveitar ao máximo cada segundinho, é obrigação lutar até o fim, é obrigação fazer valer a pena quando realmente se quer algo.
As amigas queriam festa, virou obrigação deixar de lado tudo que estava ruim, a falta de pretendentes, o Dj monga e a sobra de espaço no salão, na hora pareceu difícil não pensar nos impecílios, mas seria realmente difícil encarar o travisseiro dizendo que foi uma noite em vão.
Aproveitar cada segundinho, essa é a frase do dia, nós não sabemos quando podemos perder uma festa, um amigo ou alguém especial, as coisas se vão assim.. Como passe de mágica.

Um dia Otavio (um grande amigo) me disse: Coragem Sr Ilusão, coragem.
E tive...

21 de março de 2006

Um friozinho entra pela janela

Dia massacrante, um pouco de minhas idéias ficaram no saco de boxe, alguns dos meus sentimentos foram embora com o suor, e sim, me sinto bem mais leve.
Agora é deitar debaixo de um edredon enorme, esperar o frio chegar lendo poesia, quem sabe o invervo traga boas notícias.

A noite está estrelada, terei ótimos sonhos hoje...

Se duvidar, que fique a vontade

Penso cá com meus miolos, a vontade rege o mundo. Acredite nesta teoria, vale a pena.
Temos e sentimos vontades variadas, dezenas, centenas, milhares por segundo. Vontade de caminhar pela rua, vontade de chorar, vontade de sorrir, vontade de comer, vontade de estar perto de quem gostamos, vontade de alguém, vontade de... Vontade de... A todo instante. Se minha mãe não sentisse vontade de meu pai, eu certamente não estaria aqui com minha vontade e minhas teorias furadas sobre os estranhos humanos.
Então, a paixão se encaixa. Vendo um filme agora, me deparo com a cena de duas pessoas que se encontram por acaso e se apaixonam, a paixão não seria uma vontade? O que os apaixonados sentem... Calafrios? Medo? Desejo? Angústia? VONTADE? Não necessariamente na mesma ordem, mas sim, ela está lá com uma boca enorme pronta para dar o bote.
Estranho é quem não gosta de sentir isso tudo, estranho é quem prefere o amor a paixão, paixão (ou vontade, como queira) é fogo, é fera, é bicho, é desejo, é obsessão, é loucura, é adrenalina. É o que quer que seja, na hora que ela quer que seja, e então, quem rege você não são as teorias e sim instinto. Então concluindo a teoria, agindo por instinto nos tornamos verdadeiros. E ai já viu. Tudo vira conto de fadas.