15 de julho de 2006

XEROX, R$0,10

Temo que o “diferente” tenha entrado no circulo vicioso da moda de personalidades. Em seus desfiles de excentricidades, onde, ao tentar o destaque acabamos nos tornando cada vez mais parecidos.
Porém, as coisas mais simples seriam as mais difíceis, como o jeito de prender o cabelo e o modo como a blusa cai no ombro. Ao “xerocar”, perdemos as melhores partes, como o brilho da figura e suas cores, ao usar algo falsificado perdemos o entusiasmo de possuir algo só seu, original.
Ao deparar-me com fotos minhas no orkut de uma menina, pensei mais sobre o assunto, tentando encontrar explicações para tal. Falta de segurança, talvez, o tentar apoiar-se à imagem de alguém, com medo de olhar para si, tentar obter a arte final de uma obra inacabada. Usar os conceitos, formas e jeitos de outros, seria uma mentira deslavada, forma de base para insegurança infantil e/ou falta de conhecimento próprio.
Vide a bula, procurando assim características de total destaque, ou fiquemos, mais uma vez, todos iguais.
Analistas e psicólogos que se preparem, esta geração vem repleta de depressões, músicas sobre éguas e falta de inteligência.