4 de junho de 2012

TÁ TUDO BEM EU TO TRANquila...

Passei e no corredor estavam duas amigas vendo um vídeo e eu parei pra olhar. Era o vídeo do Mil Casmurros e, mesmo sendo antigo, a gente se emocionou porque quem faz uma coisa dessas já pode morrer - e, olha, eu preciso comer muito arroz e feijão pra fazer uma coisa dessas e poder morrer. Daí voltei à problemática de fazer vinte e dois anos. Vinte e dois. Não é nem vinte, que me marcou porque eu mudava de década, nem vinte e cinco, que é mais poético. É uma idade que as pessoas geralmente não dão bola: "Ahhhh os meus vinte e dois". Daí, por ser uma idade meia boca comecei a pensar o que eu poderia fazer até a chegada do dia de completar vinte e dois anos. Pensei em coisas bobas que serviriam só pra sentir a idade passando mesmo. Vinte e dois. Pensei em ler as coisas que li quando adolescente pra ter aquela sensação de que eu não sabia nada (e que certamente vou ler com quarenta e dois e sentirei de novo), mas pra dar alguma importância aos vinte e dois, mesmo que seja só uma maturidade de mentira. Pensei em Dom Casmurro, por amor (e tanto que sempre disse que meu filho chamaria Bento, mas que não seria lunático, só exageradamente romântico porque o nome permitia) porque a gente se emocionou hoje, porque talvez me dê uma luz pra criar alguma coisa legal pra que pessoas legais parem no corredor e se emocionem. Os dias que antecedem meus vinte e dois anos (vinte e dois) serão assim: de amar o que já foi amado (pra amar diferente e sempre mais), de Bentinho e de ideias. Tá resolvido. Tô mais calma. 

Lembrei:
(a música que fechou com chave de ouro a série mais bonita que a televisão já produziu: Capitu)