28 de junho de 2010

interlúdio

Acordei meio sem graça. Meio com vontade viajar. Meio com vontade de ficar. Meio assim. Meio nunca é bom. Bom é inteiro. Se não for, que arranque os pedaços, que nada sobre. Melhor que seja ausência. Metade nunca é o bastante. Metade logo termina. Metade da graça. Metade da vontade. De ir, de ficar. Acordei meio assim, meio morna, meio branca, meio no reflexo da janela, meio cigarro, meio projeto escrito. Logo passa. É meio fim. Meio sem nexo. Meio sem cadência. Inteiramente em silêncio.