5 de junho de 2007

E até parece Primavera


Eu era uma criança de muito imaginação. Tenho relembrado coisas que antes pareciam cheias de pó. Lembranças do verde que namorava o laranja, o oito que era rival do nove e coisas do tipo, tem se tornado cada vez mais freqüentes.
Acredito ser culpa da leveza de meus pensamentos nesta estação. Um quê de despreocupação com tudo o que acontece ao meu redor (cito coisas e pessoas ruins), é como caminhar sobre uma grande nuvem de sonhos.
O que antes parecia atingir-me com tal magnitude e vigor, hoje mais parece anedota. Como um escudo provindo de minha imaginação infantil (algo que garanto nunca ter partido), mas que renasce como forma de proteção a tudo que antes escondia a graça.
Meu sorriso ganhou um aliado honrado: o desfrute da paz de espírito. O amor entrou pela porta da frente, ofereceu-me um binóculo e pediu permissão para ficar. Recebendo em troca o carinho por sua preocupação e o pedido pelo fico.

“Eu descobri um mundo teu é manso, sem perceber tive paz e só me dei conta, quando eu te vi me perguntei: -Como é que vai você? –Tudo bem?
Falta entender o que me faz pensar que só ele pode ter tanta paz para me dar... Eu te vi e cheguei pra falar: Tudo certinho?” (Hermanos)