10 de março de 2007

E tira o som dessa tv, pra gente conversar...

Logo após ter entrado em estado de liquidificação com o calor acordo com um certo “friozinho”. Estes dias foram feitos por livros, plano para que passemos a tarde os acompanhando. Neste momento encontro-me com Drummond, fazendo de meu sábado um tanto quanto cheio de vida. Cheio de poesia.
Leitura obrigatória para o vestibular fez-me pensar além. Fiquei preocupada com a vida dos meus futuros filhos, e confesso que também com a minha. Como serão as coisas daqui a um certo tempo? Onde, entre mundo cibernético e fast-food, terão espaço os amores, as flores e as dores?
(Meu chá esta esfriando)
Restará lugar para as conversas de boteco, chimarrão no pôr-do-sol e desenho animado? Assim como eu, meus filhos trocarão a tv pela bicicleta? Brincarão de playmobil ao invés de Barbie? E como será a Barbie daqui a um tempo? Terá peito de silicone?
Complicado, tudo agora é tão banal, que talvez nem existirão brinquedos. Todos virão com cérebro já de opinião formada e com botões.
Bom, vou voltar ao chá enquanto ainda posso não enferrujar.

“Os beijos não são importantes.
No teu tempo nem haverá beijos.
Os lábios serão metálicos,
Civil, e mais nada, será o amor
Dos indivíduos perdidos na massa
E só uma estrela
Guardará o reflexo
Do mundo esvaído
(aliás sem importância).”

Drummond