30 de março de 2009

Sobre planos



Adoro planos. Adoro falar sobre a faculdade, sobre minha futura casa, sobre viagens, sobre amor. Adoro planos, de verdade.
Se derem errado, paciência. Dói, evidente que dói. Mas, passa. E lá novamente, na hora de dormir, aparecem mais e mais deles.
Planos darem errado é como uma mulher cortar os cabelos. No início nos sentimentos carecas, mas logo depois vem aquela sensação de que “tudo” vai ficar mais bonito, e que o novo corte vai nos transformar em uma mulher muito mais confiante.
Não quero nunca deixar de fazer planos. E, sinceramente, que dêem errado. Que sensação boa é poder começar do zero.

18 de março de 2009

"O melhor da vida é isso e ócio"


Precisaria somente de uma garrafa de vinho barato, talvez um copo de plástico, quem sabe uma sinuca, quiçá uma “voz e violão”. Precisaria carregar uma mochila pesada de um canto a outro da cidade, a pé, passo por passo, caso por caso, contando toda vida aos poucos. Precisaria unicamente da coca-cola gelada para despertar o dia, tuas bobagens de sono, da música “de argentino” que descobristes, cebola com açúcar, roupa de domingo.
É pouco? É “a vida”. Recheada. Completa. Com gosto de café passado. Minha vida de mil estrelas.

"Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender..."

14 de março de 2009

Aos amigos



Aceito doações de estômagos.

13 de março de 2009

"If nothing ventured, nothing earned"


Eu não tenho ossos de vidro, não sou de açúcar, aprendi a cair, levantar, me decepcionar e acordar no dia seguinte com a cútis em perfeito estado. Já errei muito, já quebrei a cara, falei o que não devia, já fui forte, mimada, sensível e birrenta. Mas, nunca, nunca perdi minha essência, minha personalidade, nunca me deixei de lado, inclui sempre meus defeitos – e pô, algumas qualidades! -.
Passei a noite pensando nisso. Quieta. Muda. Olhando para cima como se esperasse uma resposta dos céus. “Ei, me solta!”, era o que queria dizer a essa barreira invisível e abominável que me cercou durante esses dias.
Se tudo der errado a gente conserta, se o pneu furar a gente troca, se o dinheiro acabar a gente ri, se o sono bater a gente toma café, e dorme, lógico. Se a música arranhar a gente lembra dela mais ainda, se o barco afundar a gente nada, se os pêlos do braço se arrepiarem a gente se rende.
Não quero ter “esse medo infantil de ter pequenas coragens”, quero largar o mulherengo Vinicius, e ser Chico, “agora eu era um rei, e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz”. Quero ter, além de todos os prazeres, a certeza de que se a história borrar, apagamos tudo e desenhamos mais uma vez.
Eu gosto é do estrago”, e no final, assim imenso, quero apenas, pelo cabelo, pela pele, pelo pescoço, pela boca, tua, minha, ser fiel a nós, e a nossa vontade. Saltei. Segura o tranco.

“Sei do escândalo e eles tem razão quando vem dizer que eu não sei medir, nem tempo e nem medo. E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão. Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição.”

12 de março de 2009

Um nonsense mais que bem vindo


“Intelectuais se aprumam, pigarreiam e começam a responder dizendo “Veja bem...” e daí em diante é um blábláblá teórico que tenta explicar o inexplicável. Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole. Para alternar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, apara alegrar o seu dia, para faze-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento.”

Talvez eu leia Martha Medeiros há anos porque ela diz exatamente aquilo que eu pensaria dizer, e é muito mais fácil quando alguém organiza nossos pensamentos – acredito que é esse o motivo da legião de fãs, feministas, autoritárias, “loucas e santas” que lêem também).
Pessoas que me fazem pensar? A pessoa que me faz pensar? Eu diria que é o ponto máximo que alguém pode fazer-se notar. Vai além do rímel, do batom, do vestido bem escolhido, do jeito como ela o trata, do bom filme que ele viu, do tênis que ele soube usar ou o bom cd que gravou.
Ele faz ela pensar. Basta. “Royal Straight Flush” . Nada é mais interessante do que raciocinar, uma centena de dúvidas, pensamentos, “uma provocação de estranhamento”, “uma alegria no dia”, é como a arte, é como a poesia, é como uma intervenção, lembra?
Tu és antimonotonia, que espanta o tédio, inspira loucuras, me liberta, faz eu atravessar a rua, tu és arte e poesia, és uma intervenção na calçada, é algo que faz modificar meu dia, tu me faz pensar... E isso... Isso sim é um encantamento.
E como já dizia a Martha: “Esses são os melhores amores...”

7 de março de 2009

Cansativo


É só para os alunos da UFPEL, ou parece que o ano não começou ainda?

5 de março de 2009

A matinê verdadeira, domingo e televisão


Quero apenas a tranquilidade de ser dois, e, mais nada.