23 de fevereiro de 2010

senhora desse amor

Faz cara de quem já sabia, de quem já esperava por isso. Finge que o rumor é antigo demais perto da tua sabedoria. Dá gargalhada como se ela fosse muito pior, de uma ignorância que te faz superior. Arrisca dizer que tem cara de traveco. Balança os cabelos e fala mais alto, diz que ele não deve ter sentido as mesmas coisas que sentiu contigo, e que se experimentou de tudo, fingiu. Ela não tem música em comum, esperança. Pisca os olhos devagar, é sinal de tranqüilidade, talvez ela não tenha ganho uma dedicatória no livro, isso ainda te faz mais adorada. No pretérito. Ela arrancou dele algumas cervejas, uns beijos, algo mais e foi embora. Acreditou ser a rainha da noite. Mas no fim das contas, de camiseta velha, aquele sapo continua sendo o príncipe da tua vida.


no fone: She & Him - You really got a hold on me

22 de fevereiro de 2010

CALLmeKAT

Algumas músicas simplesmente caem no nosso colo. Algum amigo mostra, toca no café, passa no programa de televisão. Elas são pequenos pedaços de loteria, alteram a trilha sonora da nossa vida sorrateiramente. Hoje isso aconteceu, conheci “CaLLmeKAT”, apelido pra Katrine Ottosen, uma menina linda que mudou o meu dia. Tamanho egoísmo seria não compartilhar esse acontecimento, não sou ninguém para dar dicas, é apenas uma declaração de um coração amolecido, mas pode acreditar em mim.

Dita cuja: http://www.youtube.com/watch?v=LxYnQxqLJEM&feature=related

18 de fevereiro de 2010

tu tens uma caneta?

Se escrever é uma terapia, sinto muito Doutor, sei que ando relapsa. No entanto, é só uma tempo fora, um pé na grama - outro no céu -, um caminhar flutuante, essas coisas sinônimas à descanso. E então, a gente perde os guardanapos escritos e embriagados, é de praxe. Mas, ao menos eles ficam espalhados pelas ruas da cidade, e talvez, perder as palavras tenha virado a minha terapia de férias.

10 de fevereiro de 2010

“Mas, de que autor?”

Impossível não amar as teorias, mesmo sem concordar, amo-as todas. Teorias de conspiração, de idolatria, de amantes. Teorias furadas, de bar, borrachas. Admiro intensamente aqueles que afrontam a roda de amigos, falam mais alto, batem na mesa, possibilitam ao outro o conhecimento daquela guardada ali há tanto tempo – ou melhor, aquelas que nascem no palavrear da hora . Eis que tenho uma:
- “Fiéis são aqueles que possuem uma lei a cada instante”.
Porém, mesmo que moral houver, “não coloco a mão no fogo, só um louco o faria”. E ainda cito o embasamento.