4 de novembro de 2012

por um domingo só disso e ócio


E eu tinha dezenas de tarefas (inclusive domésticas das mais urgentes) pra hacer. Que difícil a vida daqueles que postergam (sempre que dá). Embolamos tudo. Bem fazia minha mãe que servia a janta e logo já lavava os pratos e logo já estava tudo pronto e logo já partia pra outra tarefa. Nós (os tais postergadores) nos damos mal sempre. Passamos um dia inteiro fazendo as tarefas que poderíamos ter feito um tantinho a cada dia. Me encontro aqui na frente de um computador que me avisa “FALTAM AINDA MUITAS TAREFAS”. Muitos checks não dados. Me encontro sem concentração nenhuma pra hacer absolutamente nada. Tela em branco. Música ali. Música acolá. Andadinha pela casa. Senta de novo. Olha, o São Paulo fez gol. O pai que passou uns dias aqui (e deu show nas teorias mais diversas) deve estar feliz. E a tela segue em branco. Calor danado na rua, pessoas passando com mate em punho e deixei o meu no sirviçu no pensamento de “amanhã eu pego, amanhã sem falta eu pego”. Não tenho mate, nem inspiração. Só tenho tarefas e tarefas em um domingo calorento onde todos os que não embolam estão na rua desfrutando de seu dom divino de não embolar. Olha, o Fluminense fez um gol. Complicou. Mas, facilmente aceitaria um pedido de casamento do Fred. Passarinho cantou. Pompinha passou perto da janela. O juiz deu quatro minutos de prorrogação. E a vida passando. Nós, os postergadores de tarefas, temos uma facilidade tremenda em aceitar prorrogações e acabamos sofrendo no domingo. Ah, os domingos. Como são cruéis os domingos.