21 de novembro de 2007

Sobre os caretas da felicidade comprada


Crescer não depende dos dias, das horas, de anos. Crescer é uma linha tangente ao tempo. Ontem cresci, em minutos. Cresci espiritualmente, cresci a mente.
Hão de amadurecer aqueles que abrirem os olhos para os verdadeiros valores da vida, amadurecerão para o mundo como crianças. É quando retomamos nossas importâncias de criança que somos (puramente) felizes.
Saúde para correr. Felicidade com um restaurador copo de leite. E carinho.
Há de se precisar mais algo? Almejamos pequenas parcelas de felicidade inúteis. E quando as temos, ambicionamos mais e mais. Assim, acabamos esquecendo do essencial, do princípio, do amor.
E sempre quando algo me emociona, volto ao assunto, volto a falar de amor. E sempre quando a ternura me descobre, esqueço onde vivo, esqueço a fumaça dos carros nas ruas, esqueço o capitalismo e volto a mim.
Ontem, voltei a ser criança, mais uma vez. Como uma flor no asfalto da avenida.

Seu olho me olha mas não me pode alcançar
Não tenho escolha, careta, vou descartar
Quem não rezou a novena de Dona Canô
Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-Flor
Quem não amou a elegância sutil de Bobô
Quem não é Recôncavo e nem pode ser reconvexo