Larguei os cálculos estequiométricos pra vir aqui falar de amor. Desde pequenininha (eu adoro essa frase) sempre tive essa “vontade” dentro de mim pulsando forte, é uma “vontade” estranha, é “uma vontade” boa, é uma “vontade” que completa. Vontade de quê? Não sei. Quando vem? Não sei. Pra quê? Nunca se sabe. E como funciona? Muito menos.
Acabei de ver Lisbela e o Prisioneiro (um dos meus filmes preferidos), pela algumacoisaécima vez, sabendo os diálogos e mesmo assim tomando um susto cada cena com música de algoruimvaiacontecer. Estranhei e achei graça do meu sorrisinho de criança quando ganha um brinquedo novo, e da minha alegria ao vê-los juntos no final.
Juntei tudo em um mix de pensamentos mirabolantes, retrocedi anos dessa pequena grande vidinha e pensei em todos os sonhos que tinha e tenho, pensei nessa minha vontade de alguma coisa. Vontade de amor, oras bolas, vontade que não se sacia, vontade que não cura, não passa e não termina.
Queria eu essa vida de filme... Deixo de lado os maquiadores, os grandes cenários e os efeitos especiais, queria mesmo os diálogos, os beijos apaixonados e o clichê de viveram felizes para sempre. Queria eu essa magia e essa fantasia que sempre tentei enxergar na vida real, queria eu essa vontade “de” que os apaixonados de filme têm, esse fôlego, como eu queria. Esqueço os cortes e edições, queria viver vinte e quatro horas por dia essa emoção, essa loucura, e essa gana de ser feliz.
Fico aqui com minha vontade fazendo companhia, daqui a pouco tenho que voltar ao lustre e aos cálculos não é mesmo?
Tenho raiva desse meu silêncio, dessa mente com pensamentos rápidos e conturbados, tenho raiva, pois, parece que quanto mais escreve pra me expressar... mais faltam 1000 palavras entre cada espaço.