9 de abril de 2007

Uma rua chamada pecado


Nunca soube muito bem empregar os olhos, seus movimentos são lentos, continuamente rudes. Seu caminhar de quem desconfia demonstra o quanto sente-se estremecido com as oscilações a seu redor, é atencioso e preocupado. Utiliza de sua força quando lhe é permitido, quando lhe parece imperioso. Sua amabilidade é mútua à quem a merece, igualmente, seu despeito. Aprendeu a falar cedo, instruir-se de que deveria calar-se também precocemente, preferiu ficar só por um milhão de vezes, não modificou sua idéia em qualquer delas.
Definiu-se bem como o labirinto das emoções outra vez ocultas, seu coração, ao final desse, assemelha-se a um troféu. A batalha vencida contra sua inteligência, os milhões de caminhos vagos que o faz distante de nós.

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