5 de maio de 2006

Acabei Professora

10:30 da manhã
Tarefa: Faça uma redação sobre o perdão. Entrega no final do próximo período. Mínimo de 20 linhas.

O que seria o perdão aos olhos dos apaixonados?
Uma simples briga, uma discussão qualquer, um perdão bobo no dia-dia. Não é sobre este tipo de pedido de desculpas que venho citar aqui. Venho e falo sobre o verdadeiro arrependimento sobre um erro.
Um casal apaixonado, uma vida mansa, cheia de amor e poesia. Ele erra, se relaciona com outra pessoa e faz de cada diálogo mais uma mentira. A bela descobre, chora, se decepciona, se entristece, tudo perde a cor, a vida fica sem sentido. O moço se diz “arrependido”, move mundos e fundos para tê-la novamente.
Entre a cruz (perdão) e a espada (“eu nunca mais voltarei, pilantra!”) qual seria a decisão mais sincera? Dizer apenas “eu perdôo” não seria uma mentira muito mal contada ao coração? Como um grande “tapa buraco”, uma troca de favores. Eu te perdôo, você se sente menos culpado e eu menos solitária. Assim seguimos. Mas a ferida estará lá.
Faz bem perdoar, não nego, como toda mentira que contamos a nós mesmos a cada manhã, mentiras que passam despercebidas e acabam não fazendo grandes estragos. Coisas necessárias para uma convivência amigável. Mas faça-me o favor de não pensar que “me desculpa?” é super bonder de coração.

Nenhum comentário: